Dia 4 – Conselheiro Mairinck a Wenceslau Bras -59km

 

Amigos, hoje findamos o nosso quarto dia de pedal no nosso ciclotur para o Litoral paranaense. Confesso que fiquei ansioso para saber o quanto os companheiros de pedal sabem das dificuldades que íamos e vamos enfrentar deste para frente, os números não mentem, estava sinalizado 59km com um ganho de elevação próximo de 1400 metros, e para aqueles que não sabem o que é isso digo que é bem bruto, não extremo, mas bruto. Posso dizer que minha ansiedade foi suprida de informações. Augusto eEder, como já esperava, foram muito tranquilos. Augusto, cansou mas sobrou. Eder, ficou bastante cansado, mas em um limite aceitável, até queria fazer este pedal de volta hoje mesmo, nós não topamos. Minha ansiedade maior era com relação à Amelia que nunca imaginou pedalar isso que pedalou hoje, e o fez como gente grande, sofreu, agonizou, cansou, brigou, se irritou, mas foi firme até o final e não se deixou levar pela dificuldade imposta neste pedal. Enfim, todos passaram neste teste. Ahhhhhhhhhhhh, eu quase morri de cansaço, empurrei a bike subida acima por várias vezes, no entanto, em momento algum achei que não daria para chegar a este final parcial, todos juntos. Saímos de Conselheiro Mairinck, da Pousada do Chicão perto das 8 da manhã, primeira parada para pausa foi em Jaboti, próximo das 10 da manhã, entre Jaboti e Tomazina, fizemos uma parada técnica para comer morangos, direto do produtor, uma delícia. Alguém já comeu uma bandeijinha inteira de morangos sozinho, e de uma vez só, nós fizemos isso hoje. Almoçamos e descansamos em Tomazina. Por volta das 14e30 horas, saímos para o último trecho do percurso, 24km, o mais pesado, cheio de descidas e subidas bem fortes e técnicas, o empurra bike comeu solto. Neste trecho paramos para descanso em uma localidade de mais de 150 anos, com o nome de Serradinho. Ali encontramos um bar e um figurasso tomando sua cervejinha. Ele disse que vendia mel e pegava o mel no mato mesmo, imediatamente lembramo-nos do Ary, que cultiva algumas espécies de abelha. Quando perguntamos como ele fazia, disse-nos que metia fumaça e espantava as abelhas e tirava o mel, questionamos sobre as picadas, falou que o álcool protege das picadas, morremos de rir. Um dos fatores positivos deste tipo de viagem é o convívio com os locais, a simplicidade e tudo mais. Evidenciado em três lugares diferentes, no boteco em Jaboti, na plantação de morangos e no bar em Serradinho. Era o que tinha para hoje. Amanhã tocamos em direção a Sengés, previsto 57 km. Deus está sim conosco. Fique conosco Senhor.

Comentários no Facebook