Ser protagonista por caminhos novos ou revistos é tudo de bom. Experimentar novas culturas, arranhar e arrastar-se num idioma que não é o seu, é eleger para si um papel nem sempre fácil de ser executado, cansativo (haja pernas), mas que garante a você momentos únicos, aqueles que se guardam com os olhos d’ alma e se expressa com o coração.
Minha primeira visita a Portugal não poderia começar diferente: tinha que ser por Lisboa. Terra do Fado, do bacalhau – hum, hum, apresentado e experimentado de todas as formas, do pastel de Belém – descobri que para o português esse é um nome inventado pelos brasileiros, pois para eles é pastel de nata. Mas no final o que importa é a delícia que é.
Andar por Lisboa é estar aberto ao velho que lhe é novo a todo momento. Passar pela avenida da liberdade é descobrir um espaço lindo, arborizado, com pessoas passeando de patinete, de bicicleta, com seus cães, carrinhos de bebês, um privilégio usufruído por todos. Passear pelas margens do Rio Tejo. É conhecer o Castelo de São Jorge e as particularidades de uma época já vivida e fotografar o Urinol Público – coisa estranha, mas que me leva a pensar se não seria útil nos dias de hoje também já que há homens que simplesmente não passam aperto e resolvem suas necessidades em qualquer lugar.
É reviver as aulas de história do Brasil, é ficar feliz ao passar por museus e ver que para os portugueses o Brasil é também história deles, pois contam a sua historia, nos incluem e contam a historia do resto do mundo. É bom ser valorizado pela terra mãe.
É descobrir Herculano – Alexandre Herculano de Carvalho e Araújo, foi um escritor, historiador, jornalista e poeta português da era do romantismo que escreveu a Historia de Portugal (Mosteiro dos Jerônimos) e então apropriar-se de sua citação: “Dormir? Só dorme o frio cadáver, que não sente; A alma voa e se abriga aos pés do omnipotente” pois, se quisermos, ainda temos muito o que conhecer e aprender. Então vamos em frente… Ser feliz é também resultado de procura e quem busca não fica parado…
